Ele é um exame bastante sensível e uma excelente ferramenta na prática clínica. Sua forma de diagnosticar a corrente elétrica nos canais dos meridianos, aliada à proposta da anamnese da MTC, que aborda e vê o ser humano como todo, muito tem me ajudado a tratar meus pacientes.
Esse método foi desenvolvido pelo Dr. Yoshio Nakatani, nos anos 50, que estudou a característica elétrica dos pontos de acupuntura. Ele observou que a maioria dos pontos de acupuntura tradicional possuem uma baixa resistência elétrica se comparado a outras áreas corporais que não são pontos de acupuntura.
Dr. Nakatani começou utilizando um equipamento analógico que se assemelha muito a multímetros, e que mostrava no visor determinados valores, como você pode ver nos slides. Esses valores eram, então, plotados em gráficos que, por sua vez, traziam algumas informações sobre o paciente.
O primeiro propósito desse método era ser uma terapia de regulação do sistema nervoso autônomo. Só depois, Dr. Nakatani constatou que a alteração da condutividade elétrica nos pontos e canais Ryodoraku mostrava, também, alterações fisiológicas associadas a um determinado órgão e suas relações com a MTC.
O que se explica através do reflexo visceral somático – quando um órgão adoece, ele desencadeia uma atividade na medula que vai corresponder a uma área corporal, distante a ele ou não. Uma alteração que o equipamento registra.
Dr. Nakatani afirmava que os pontos Ryodoraku e o sistema nervoso simpático, ramo do sistema nervoso autonômico, estão diretamente associados, devido à relação reflexa deste sistema, onde desordens dos órgãos internos podem ser manifestados na pele.
Atualmente, utilizamos sistemas computadorizados modernos que têm alguns benefícios, tais como fornecer, imediatamente após a nossa avaliação, um gráfico que pode ser impresso e entregue ao paciente como um exame, cujos resultados podem ser correlacionados às síndromes que o paciente tem.
A HISTÓRIA DO MÉTODO
A criação desse método começou em uma conversa do Dr. Nakatani com um vendedor de medicamentos. Ele contou que estava fazendo testes de vitalidade em pacientes, utilizando um aparelho que parecia um multímetro (equipamento utilizado para medir correntes elétricas), e que estava vendo alguns padrões ali.
Intrigado, Dr. Nakatani começou a pesquisar. Primeiramente, tratando pacientes com doenças renais, que eram extremamente edemaciados por conta desta patologia.
Logo ele deduziu que, como a água é um condutor de eletricidade, pacientes edemaciados apresentariam valores diferentes em relação a pessoas não edemaciadas. O que, de fato, se concretizou.
Ele acabou identificando pontos onde a resistência elétrica era menor – ou seja, onde a corrente era maior, onde fluia com mais facilidade – e percebeu que esses pontos formavam linhas que se assemelhavam aos meridianos. E que, coincidência ou não, nesses pacientes, tais linhas se situavam justamente no meridiano do Rim.
Com isso, Dr Nakatani constatou a forte relação com os meridianos, assim como a existência de uma relação entre os pontos e as linhas dos canais Ryodoraku com o Sistema Nervoso Autonômico, que regula os sistemas Simpático e Parassimpático. E, posteriormente, acabou constatando alterações fisiológicas associadas a um determinado órgão e seus aspectos relacionados à função de cada órgão na MTC.
Assim surgiu esse método de eletrodiagnóstico que é um grande aliado na minha prática clínica.
EFICÁCIA PARA DIAGNÓSTICOS
Com seus gráficos, o método Ryodoraku possibilita uma análise do estado do órgão do paciente através de um gráfico, que gera um padrão estatístico da saúde geral do paciente.
Além disso, ele quantifica algumas disfunções energéticas e, possivelmente, autonômicas, relacionada a cada um dos órgãos. A leitura dele indica que os meridianos estão fora do Intervalo Fisiológico e, portanto, precisam ser ajustados.
Por fim, também podemos utilizar este método para melhor explicar as síndromes energéticas aos pacientes e ter novas informações e recursos terapêuticos.
ESTUDOS CIENTÍFICOS
Alguns estudos que utilizaram o método Ryodoraku mostraram sua eficácia no diagnóstico dos pacientes.
O primeiro deles é um artigo em que o método foi usado para avaliar a efetividade do ponto BA6 no tratamento de insônia. Eles fizeram a avaliação desses pacientes com o método Ryodoraku, e outros exames, como eletroencefalograma, antes e depois do tratamento. E o que observaram?
A estimulação do ponto gerou melhoras clínicas (da insônia) e no gráfico Ryodoraku dos pacientes. Porém, os exames de ondas cerebrais e questionários de avaliação de estresse e humor não perceberam alterações.
Outro estudo bem interessante que utilizou o Ryodurako para avaliar antes e depois analisou pacientes com dor lombar (lombalgia). Além do método Ryodoraku, também foi utilizada avaliação com a escala visual analógica de dor.
Os pacientes foram tratados com LaserAcupuntura e ventosas. Depois de cinco dias, a energia dos meridianos que receberam ventosa reduziu e a dos que tiveram pontos irradiados com laser aumentou. Com isso, o estudo mostra como você pode combinar esses dois recursos para equilibrar o organismo do paciente.
Um terceiro estudo observou variações na energia dos meridianos conforme o ritmo circadiano, cuja regulação, associada ao hipotálamo, repercute no sistema nervoso autônomo. Esse estudo mostrou que pode haver diferença nos resultados, dependendo do horário em que se faz uma avaliação. Um gráfico de um mesmo paciente medido às oito da manhã será diferente se medido ao meio-dia.
Resumindo: apesar de ter uma base um pouco mais empírica, esses estudos mostram não só a eficiência do método Ryodoraku, como também de alguns procedimentos terapêuticos inerentes a ele.
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