A dor crônica é um grande problema de saúde mundial, diminuindo a qualidade de vida de muitas pessoas. Sabemos isso pela leitura de artigos e por nossa prática clínica, no atendimento diário a pacientes que nos procuram com essa queixa.
Por isso, acompanho com interesse o trabalho da Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), uma comunidade profissional multidisciplinar dedicada a melhorar o alívio da dor em todo o mundo.
A cada ano, a IASP foca em um aspecto da dor para trabalhar e trazer mais conscientização sobre esse tema, tanto para os profissionais que integram a associação, como para o público em geral.
O objetivo é trazer mais conscientização sobre o tema escolhido, tanto para os profissionais que integram a associação, como para o público em geral.
Esse ano, o tema escolhido é o tratamento integrativo da dor. (2023 Global Year for Integrative Pain Care – IASP)
A proposta é identificar e avaliar as muitas modalidades não medicamentosas que ajudam a reduzir a dor, incluindo abordagens como acupuntura, neuroestimulação não invasiva, exercícios, terapias manuais, intervenções de mudança comportamental, entre outros.
“À luz da crise de opiáceos que afetou pessoas em muitos países, o objetivo da campanha deste ano é aumentar a conscientização de médicos, cientistas e do público sobre o uso de uma abordagem integrativa de cuidados com a dor, que enfatiza os cuidados não medicamentosos e de autogestão”, disse a presidente da associação, M. Catherine Bushnell.
Para ela, isso passa por definir claramente o que se quer dizer com “cuidados/tratamentos integrativos da dor”, examinar como vários modelos de saúde podem ser integrados em um plano abrangente de cuidado da dor e avaliar a qualidade da evidência para várias abordagens não medicamentosas para o tratamento da dor, fornecidas isoladamente ou em combinação com outras abordagens, para ajudar milhões de pessoas que sofrem de dor crônica em todo o mundo.
Por conta de todos os aspectos multidimensionais e multifatoriais da dor, o seu tratamento é um processo complexo e demanda diversas abordagens, além de uma observação muito mais ampla. Principalmente quando estamos falando de dor crônica.
Quanto mais entendermos os mecanismos da dor, mais ajudaremos nossos pacientes a ter uma melhor qualidade de vida.
Prof. Fábio Athayde
A dor crônica é definida como aquela que perdura por mais de três meses, prejudica a qualidade de vida das pessoas e, muitas vezes, acaba desencadeando estados emocionais que podem intensificar a dor.
“A dor é uma experiência multidimensional que envolve fatores quantitativos e perceptivos que têm repercussões biológicas, psicológicas e sociais. A dor crônica não tem função biológica aparente e sua persistência aumenta a probabilidade de depressão, distúrbios do sono e perda de libido”.
Essa frase do estudo de Ruaro, Fréz, Ruaro e Nicolau sobre o uso do LaserAcupuntura no tratamento da fibromialgia, publicado em 2014, mostra a realidade de quem convive com quadros de dor crônica, sejam eles quais forem.
É por isso que considero importantes inciativas e estudos como esse da IASP. E digo e repito aos meus alunos, em palestras e redes sociais o seguinte: quanto mais entendermos os mecanismos da dor, mais ajudaremos nossos pacientes a ter uma melhor qualidade de vida.
Se você sofre com dores crônicas e quer experimentar uma acupuntura que une tradição, ciência, tecnologia e acolhimento oferece, agende uma consulta comigo aqui em Curitiba.